Meu Novembro não começa no mês 11. Ali por Setembro ele já está me rondando, lembrando que ele vem. Tão certo como é errado usar tênis branco nessa cidade de terras vermelhas. A véspera é longa;
Ainda te sinto. Não como uma memória, mas aqui, completa, e posso te tocar em tudo. É uma tortura pra mim que você se espalhe pelo mundo, vazando. Nenhuma memória te cabe. Uma confusão de passos ao meu redor, todos brilhando, como os tênis de luzinhas que a gente cobiçava na infância. Tênis brancos de luzinhas.
Passo pela pitangueira que ela plantou há mais de quinze anos. Já está enorme, já tem até os moleques fiéis a roubar os frutos. Agora tá em flor. Eu não lembro se ela alguma vez sentiu o perfume de uma flor de pitangueira. Essas coisas me matam. Sinto como eu precisasse saber absolutamente tudo daquela moça.
Sinto como se eu tivesse que ser o vaso que te abriga. Meu corpo, seu latifúndio. Mas transbordo, não nego, volto quando couber.
Passo pela pitangueira que ela plantou há mais de quinze anos. Já está enorme, já tem até os moleques fiéis a roubar os frutos. Agora tá em flor. Eu não lembro se ela alguma vez sentiu o perfume de uma flor de pitangueira. Essas coisas me matam. Sinto como eu precisasse saber absolutamente tudo daquela moça.
Sinto como se eu tivesse que ser o vaso que te abriga. Meu corpo, seu latifúndio. Mas transbordo, não nego, volto quando couber.
Um comentário:
Quando alguém faz o tutorial de como sentir o cheiro da saudade.
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