domingo, 4 de março de 2012

retalhos de uma amizade que não vai




Um minuto é tudo o que se precisa, não acha, minha amiga?

Pra lembrar de um momento mágico, porque a saudade é a prova de que valeu a pena. É o que falta em cada pedaço do que a gente acha que sentiu, mas foi tão rápido... Será que senti? É o tempo que leva uma crise de riso sem sentido algum, e é por isso que elas são tão boas. E você sabe disso. É a sensação estranha e gostosa de que você não pode segurar nenhum segundinho, e decide estender a diversão ao invés de parar o tempo, porque evitar o inevitável é perda de tempo.


De um momento em que você vai a qualquer lugar que queira, porque a distância é uma barreira subjetiva que você vence quando quiser, mas é claro que alguém sensato não acredita nisso. É a forma chata que seu despertador encontra pra dizer a você que são 6h15, e se você não correr logo vai se atrasar pra qualquer coisa importante (ou não) que tenha que fazer, porque pessoas importantes fazem coisas importantes.


É a felicidade em si, em sua simplicidade estonteante, porque felicidade não é nada além de uma colcha de minutos costurados que te aquece a cada dia. Os bons minutos em sua pele.

Têm sim coisas que me prendem aqui. Você é uma delas. Você é um longo minuto.




** Este texto é o resgate do original de uma mensagem escrita em 06/01/2007



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"O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato/ O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço/ O amor comeu meus cartões de visita, o amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome/ O amor comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas/ O amor comeu metros e metros de gravatas/ O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus? O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos/ O amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão/ Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte" - Dos Três Mal-amados, Palavras de Joaquim - João Cabral de Melo Neto