Malas, sempre elas, mas dessa vez não
eram minhas. Ela calculava o choro na medida em que colocava sapatos
e coisas dentro das abas de pano e plástico. As despedidas minavam
sua vontade, reproduziam seus medos, faltas, vazios, dúvidas e
carências. E no fim, as malas. Elas sempre ficam lá, se
esgueirando à espera do momento de carregar as coisas pela janela.
E o vento que corta, meu amor? A secura
daqui? Os dias tão sem samba? Eles vão ficar pra trás, e a cidade
que é tão mais em seu coração, agora é uma realidade. É... Não.
Mesmo isso não consola a dor. Os pés descalços já se acostumaram
com o terreno do quintal, pisar em ovos não é bem o planejado.
Flutuar enquanto dorme é a solução na casa do futuro. Os planos,
tantos planos.
As lágrimas de quem fica no canto da saudade, o lábio que treme na hora do beijo no rosto. Não era pra ser assim, era pra ser mais fácil, mas o “mais fácil” não tem de pote, não vem pra hoje. Enquanto toco as notas de um jazz da calma, ela vive o desapego mais profundo, o salto do ninho. Sou o observador da dança, um passarinho. E minhas asas não se comparam às dela.
A revoada está prestes a começar. Olha bem pro horizonte. Ela vai se perder em meio aos pássaros da brisa. Está prestes a começar.
As lágrimas de quem fica no canto da saudade, o lábio que treme na hora do beijo no rosto. Não era pra ser assim, era pra ser mais fácil, mas o “mais fácil” não tem de pote, não vem pra hoje. Enquanto toco as notas de um jazz da calma, ela vive o desapego mais profundo, o salto do ninho. Sou o observador da dança, um passarinho. E minhas asas não se comparam às dela.
A revoada está prestes a começar. Olha bem pro horizonte. Ela vai se perder em meio aos pássaros da brisa. Está prestes a começar.
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