domingo, 14 de setembro de 2008

Shit Happens, fazer o que?

Então você está lá. Não importa onde 'lá' fique, você está. Vivendo a vida normalmente, seguindo aquelas rotinas bobas e aparentemente importantes que faz todo sagrado dia. Crente que é só mais um dia, que vai conseguir se sair bem dessa vez.
E alguma coisa dá errado.

Aí você pensa em soluções. Não importa que solução seja, você pensa. Liga pra mãe chorando, toma sorvete ou assiste um filme de comédia romântica pra aliviar as dores da vida. E acha que vai ficar tudo bem de novo.

Ah, tolices da vida. Da sua, da minha. A verdade é que sempre vai ter uma porcaria enorme por vir. Alguma catástrofe particular imensa, um iceberg de ex-namorado ou uma bomba-relógio de relatório de desempenho.

Shit happens. Fazer isso ficar engraçado que é difícil.

Um comentário:

Ana Paula Bessa disse...

Lucas, como já disse Dostoiévski “ O segredo da vida não é viver, mas ainda encontrar motivos para viver “.
Recentemente, e você já sabe disso, tenho encontrado muita dificuldade em encontrar um eufemismo para realmente viver. É difícil quando você não sabe qual é o seu estado: sólido, líquido ou gasoso?
Então me apego a única coisa que sei que "é", no sentido literal da palavra.
Só não sei até quanto este apego é saudável.
Talvez tentar amenizar, não é a saída. Mas encarar de frente é pra poucos, mas para mim a solução mais fácil... ou menos difícil.

Quem sou eu

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"O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato/ O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço/ O amor comeu meus cartões de visita, o amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome/ O amor comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas/ O amor comeu metros e metros de gravatas/ O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus? O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos/ O amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão/ Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte" - Dos Três Mal-amados, Palavras de Joaquim - João Cabral de Melo Neto