Por às vezes me pego refletindo sobre as suavidades. Já parou pra pensar nelas?
Ficavam a onze passos para o Norte de onde você estiver, com tantas levezas que o vento leva tudo. As levezas se espalham, tomam conta, infiltram e integram. Suavidades fazem parte de quem cruza os seus caminhos.
Elas têm sorrisos entre palavras que não nos pertecem e que desafiamos, em meio a tardes na cama e manhãs no sofá. O tempo passa sonolento. Suavidades não. Sorrateiras, te ajudam a dormir pra ficarem acordadas, te olhando viajar pelas confusões de sonhos. E nessas horas sorriem também.
São sempre discretas. Com batons invisíveis e vestidos de flor, suavidades dançam sem serem vistas. Tímidas, são o que são sem nenhuma enganação. Suavidades são mais honestas que vó do interior.
Gulosas e com estômago de passarinho pro que não gostam. Mas se gostam é de sorvete. E não muda nada se é de pequi ou Maracujá & Manga da Haagen-dazs, elas devoram até gelo com sal. Na maior fineza, sua brutalidade popular máxima é uma rapadurinha boa..
*O texto acima é uma releitura de uma mensagem escrita em 2009.